30 de ago. de 2008

Vale a Pena Relembrar

O palco: Rock in Rio III (2001). Era a noite do "rock". A platéia, ensandecida, estava à espera de seus ídolos (para a grande maioria, tratava-se de Guns n'Roses). Eis que ele surge: o pífio Carlinhos Brown, que, contrariando todos os conselhos e qualquer tipo de bom senso, acreditava que aquela era a noite dele. Aquela era a noite em que ele deveria apresentar-se no evento. Aquela era a noite em que ele deveria vomitar seu lixo em cima da platéia.

Começa a apresentação... voa um copo... mais um, e outro logo em seguida. E vem a tempestade. O boçal Carlinhos Brown é sobrepujado pela borrasca de copos, e, com o mesmo desafino com que canta, resolve esconder-se atrás do jargão "eu sou da paz". Eu sou da paz e nada me atinge, ele grita, instantes antes de levar uma garrafada no olho.



"Eu sou da paz, eu só jogo amô, eu só jogo amô". É a frase que seu cérebro de amendoim consegue processar, e que ele repete incontáveis vezes... para depois dizer a todos que enfiem o dedo no cu!

Em seu desespero, mergulhado em um poço de arrogância, ele afirma: "Eles querem rock!" Fantástico... levou apenas 3000 garrafadas na cabeça para que ele pudesse compreender o fato! Um verdadeiro gênio. Ao subir no palco, ele pega uma guitarra, e faz uso de mais um de seus baixos subterfúgios. Começa a cantarolar a melodia do hino nacional (pois obviamente desconhece a letra), afirmando que está sendo vaiado por ser "muito brasileiro". Está sendo vaiado porque a platéia só quer saber de "som gringo". Porque o som dele representa muito o Brasil, e quem curte rock não curte o Brasil.

Este foi o mais baixo que ele conseguiu chegar. Pois Carlinhos Brown, este grande filho da puta, não faz música. E não conhece a verdadeira MÚSICA BRASILEIRA! E não tem propriedade alguma para tecer qualquer tipo de afirmação sobre o assunto.

Com vocês, Armandinho (o da guitarra baiana, não aquele escroto), e Yamandu Costa, interpretanto "Apanhei-te, cavaquinho!..." de Ernesto Nazareth. Um baiano e um gaúcho, tocando a composição de um carioca. ISTO é MÚSICA BRASILEIRA:


28 de ago. de 2008

Ozric Tentacles

Esta é uma banda que difere do repertório que costumo ouvir. Para ser sincero, quando percebo elementos eletrônicos em qualquer música, logo torço o nariz. Porém Ozric Tentacles vai além de "phew-phew" e "tóin-tóin". Pra começar, como já disse, é uma BANDA! Formada por MÚSICOS (muitas bandas não o são)! E é daquelas difícil de rotular. Acho que "progressivo psicodélico psicotrópico espacial" pode transmitir a idéia da banda.



As músicas em si vêm em várias formas. Algumas mais agitadas com uma pegada muito fera, outras pra fazer o cara deitar no sofá e ficar olhando pro teto.



Infelizmente, as turnês do Ozric Tentacles restringem-se à Europa (pelo menos quase todas). A banda, apesar de hoje contar com o apoio da grande Magna Carta, passou 20 anos na luta, praticamente "por si só". Porém agora os shows são grandes acontecimentos, com muitas projeções coloridas e muita psicodelia fractálica. É pra enlouquecer mesmo!



Recomenda-se o consumo com fones de ouvido, ou a todo o volume.

26 de ago. de 2008

Ferramentas para desenvolvimento rápido de jogos digitais

Todo jogo surge de uma idéia. Dependendo da intenção do criador, a idéia deve ser trabalhada e modelada, até que tome forma e possa atingir o público desejado. Até aí, meu camarada, a jornada é longa. Chega a ser de mau-gosto resumir toda esta odisséia em apenas um parágrafo.


Fato é que, tendo-se fins comerciais, ou apenas desejando-se criar um jogo para divertir os amigos, a criação de um protótipo é sempre benéfica para a concretização desta empreitada, e o uso de ferramentas para desenvolvimento rápido de jogos é um dos mais adequados caminhos.



Apresento-lhes (aos que não são familiarizados com o assunto) aquele, exaltado por uns (aqui me incluo), execrado por outros (90% de meus colegas) o Game Maker.

O Game Maker é basicamente um motor de jogos com uma interface amigabilíssima, extremamente intuitiva, porém um tanto limitado. Seu forte é a criação de games 2D, porém é possível usá-lo para desenvolvimento de games 3D (futuramente estarei falando sobre um outro motor, mais voltado para este fim). Aqui o que conta é a criatividade. Técnicas refinadas, domínio de linguagens de programação, lógica apurada e conhecimento de algoritmos complexos podem ser deixados de lado (até certo ponto, obviamente).

Quer dar o primeiro passo no desenvolvimento de games? Idéia boa para um game simples? Não pestanejo em dizer: “vai de Game Maker”.

A versão LITE do Game Maker 7 você consegue na faixa clicando aqui. Me abstenho da postagem de um crack para que se faça uso da versão PRO (até porque quem tiver dificuldade com o procedimento, vai ter mais dificuldade ainda em programar qualquer joguinho tosco).

O site Programadores de Jogos possui um excelente fórum sobre o assunto (assim como o são todos os outros fóruns do site). Digitando "Game Maker Tutorial” no Google, encontra-se dezenas de tutoriais, escritos ou em vídeo. E finalmente, clicando na imagem abaixo, você vai ser direcionado à página de download de Lab 14, um gamezinho muito divertido desenvolvido no Game Maker.

Havendo algum interesse em desenvolver uma idéia pelo Game Maker, sou parceiro. Havendo dúvidas com relação ao programa, podem me perguntar (provavelmente não saberei a resposta, mas ajudo a procurar). Tenham na cabeça que ninguém vai fazer um Crysis com GM, mas é uma boa maneira de se começar.

22 de ago. de 2008

Tattoo

Não consigo pensar em outra forma de arte que seja tão mal-vista quanto a tatuagem. Quem nunca ouviu alguma história de alguém que deixou de pegar um emprego por ser tatuado (sim, às vezes o pessoal exagera um pouquinho, mas bem pouquinho), ou de alguém que tenha deixado de empregar outrém, por este possuir tatuagens? Quantas “crises familiares” já não foram desencadeadas por causa da garotinha de 14 anos que apareceu em casa com um desenho na pele (justamente com a intenção de causar)?

Especula-se que a origem da tatuagem remonte ao período Neolítico (aprox. 8500 a.C.-4500 a.C). Creio que as evidências mais remotas do uso das tatuagens encontram-se na pele de Ötzi, a múmia encontrada nos Alpes italianos. Tratavam-se de pontos e linhas espalhados pelo corpo do indivíduo. Vem-me logo à cabeça uma comparação com a computação gráfica e sua evolução.

Ao longo do tempo, inúmeras tribos e povoados desenvolveram técnicas próprias de criação de desenhos permanentes no corpo. Antes de espelhar uma forma de arte, tatuagens serviam como fator de intimidação de inimigos. Talvez por isto carreguem até hoje este fardo.

Está claro que a tatuagem move-se em direção à “redenção”. Desde reality shows até super-gostosas tatuadas, até a TV (que infelizmente é o que forma a consciência do povo) abriu suas portas. Ainda assim, o estilo japonês Tebori de tatuagem segue sendo associado à Yakuza... se você fizer uma tatuagem chinelona, com um compasso e tinta de caneta na mão, vai ficar com cara de presidiário... pelo prisma de diversas religiões, tatuagem constitui auto-mutilação... quem tem tattoo não vai pro céu... etc, etc...

O que me trouxe a esta postagem foi uma galeria muitíssimo legal que eu vi, composta por imagens de tatuagens feitas com uma tinta que reage à luz-negra (“UV ink”). Fora do alcance da luz-negra, os desenhos são invisíveis. Ao que pude perceber, é um método totalmente seguro e duradouro. Apesar de ser uma técnica relativamente nova, não há indícios de tatuagens que tenham desbotado ou desaparecido. Você chega na tal galeria clicando aqui.

20 de ago. de 2008

Aurora Polar

Presta atenção, rapá! Eu falei Aurora Polar, não Aurora Snow! Sempre fui fascinado pelas luzes que ocasionalmente colorem os céus polares, e ao ler uma postagem no Sedentário & Hiperativo, achei que o assunto cairia como uma luva aqui pro Reclusão Social.



Auroras Polares constituem um assunto bastante técnico, mas podemos dizer basicamente que elas são originadas pela colisão de elétrons de carga elevada provenientes da coroa solar que chegam à atmosfera terrestre através do vento solar e, ao chocarem-se com elementos que constituem a atmosfera do nosso planeta (predominantemente oxigênio e hidrogênio) produzem luz. As diferentes tonalidades de luz dizem respeito aos elementos que colidem com esses elétrons e com a altitude em que dá-se o fato.



Pra mim, presenciar pessoalmente esse que considero o mais belo fenômeno da natureza (bem locão, de certeza xD), certamente constitui um objetivo de vida. Há muito o que se ler sobre o assunto, portanto, àqueles que se interessam, é só correr atrás.



Pequena curiosidade: à Aurora Polar do hemisfério norte, é dado o nome de Aurora Boreal, assim batizada por Galileu. À Aurora Polar que ocorre no hemisfério sul, dá-se o nome de Aurora Austral, assim batizada por James Cook.



Pesquisei em: Wikipedia e HowStuffWorks

17 de ago. de 2008

The Legend of Zelda: The Twilight Princess (Nintendo Wii)

Apenas 2 anos após seu lançamento, trago-lhes em primeira mão uma review do game "The Legend of Zelda: Twilight Princess", para Nintendo Wii. E não é só isso... deixo aqui PROMETIDA uma review de Metal Gear Solid 4: Guns of The Patriots, para 2010!

Deixo claro que a presente review é para o Wii, pois também foi lançada uma versão para o Gamecube. Talvez isso seja de conhecimento comum, mas eu nunca tinha ouvido falar da versão do cubo, lapso vergonhoso para um nerd de ofício.

Na minha concepção, Zelda trata-se da franquia de maior prestígio do mundo dos games. Talvez "Mario" figure ali, lado-a-lado, mas definitivamente Zelda mostra-se como a que mais agrada aos gamers. Inclusive muitos dos mais hardcore.

Ao resolver escrever este post, fui abatido por uma curiosidade com relação à origem do nome Zelda. Atirei os dados necessários para a pesquisa na barra do google; contudo, não encontrei resultado satisfatório. Enquanto a Wikipedia afirma que o nome significa "guerreira", ou um apelido para Griselda, que significa "batalha escura" (não especificando em qual idioma), outros sítios fazem referência a "aquela de cabelos cinza" ou até mesmo "guerreira de cabelos cinza" vindo de alguma antiga língua germânica, ou "aquela que é bem-quista" vindo do grego, e até um nome que significa "felicidade" em hebraico. Eu, particularmente, nunca conheci nenhuma Zelda pessoalmente. Até hoje só ví uma repórter da globo com o nome:



Acho certo dizer que "Twilight Princess" é uma evolução de "Ocarina of Time", e "Majora's Mask" respectivamente. Pra mim são dois (3) jogos marcantes, de duas diferentes épocas de minha vida, cada ocasião marcada por motivos e de maneiras diferentes.

Os controles te "TP" constituem uma diversão à parte. É verdade que não seguem precisamente os movimentos do usuário, mas hey, depois que o usuário se acostuma com os movimentos de Link (e depois de 6 latinhas de ceva), é o usuário quem imita os movimentos do personagem. xD

O enredo, como é de se esperar, é extremamente envolvente, sempre despertando o interesse do jogador e fazendo com que este sinta-se impelido a buscar a verdade e descobrir o que está acontecendo. O crepúsculo é uma ocasião exaltada, o que me faz lembrar de crenças do shamanismo mexicano. "O crepúsculo é a senda entre os mundos", dizia Don Juan Matus, célebre personagem. Confirmei minha suposição à respeito do embasamento mitológico do game (ao menos em boa parte) ao ver no começo Link sendo apenas capaz de vagar pelo mundo do crepúsculo em forma de lobo. Outro ponto que demonstra essa relação é a conhecida "Kakariko Village", desta feita com aparência desértica, sendo a pousada do shaman Renado. Também muito legal foi ver que Ganondorf tornou-se uma espécie de deus, como sempre muito ambicioso.

No que diz respeito à jogabilidade... acho que aqui se encontra a grande semelhança entre as versões de Zelda para 64 e para Wii. Desde o famoso "z-targeting" até a estrutura das dungeons (buscar equipamentos específicos para resolver puzzles e encontrar a chave para a sala do chefe, que deve ser derrotado com o item que diz respeito ao calabouço), a mesma linha do Ocarina é seguida. E nas lutas contra os "chefões" foi onde eu mais me diverti. A tendência Shadow of the Colossus é perceptível. Monstros enormes a serem derrotados por um guerreiro com uma espada em riste formam a mais romântica de todas as imagens. A seguir, um video daquela que foi a batalha onde mais me diverti:



Grande jogo, e o Reclusão Social recomenda!

16 de ago. de 2008

Savatage - The Wake of Magellan

Aos poucos vou organizando a bagunça. Tentarei manter um link para download de álbuns que aprecio (um por vez) na coluna da direita, acima dos links para outros blogs. Discorrerei sobre o álbum em um post, e clicando na imagem da capa o usuário será encaminhado a uma página de download, até que eu resolva alterar o álbum, e assim sucessivamente. Para começar com chave de ouro, o primeiro álbum que recomendo é "The Wake of Magellan" do Savatage.



"TWoM" é um álbum conceitual que gira em torno de dois fatos verídicos. Um deles é o chamado incidente de Maersk Dubai. O fato ocorreu menos de um ano antes de o álbum ser lançado, no navio cargueiro tailandês de nome Maersk Dubai. Ao descobrir imigrantes ilegais a bordo (mais precisamente 3, em duas ocasiões diferentes), o capitão do navio lança-os ao mar, amparados apenas por pequenas embarcações improvisadas, que mostram-se ineficientes e logo se quebram, a mais de 70 quilômetros da costa. Além das muitíssimo bem escritas letras, o encarte do álbum é cheio de pura poesia. O dilema de um dos tripulantes, atormentado, pensando se deve ou não se impor ao capitão, contém uma das mais belas passagens que já li:

"to stand up to the captain
and say this thing it cannot be
but there is nothing closer to god on earth
than a captain on the sea"


Um quarto imigrante também foi encontrado. Entretando, foi mantido escondido por alguns membros da tripulação, até que o navio aportasse. Os três que foram largados ao mar, nunca mais foram vistos.

O outro fato que inspirou o conceito desse grande álbum foi o assassinato da repóter irlandesa Veronica Guerin, encomendado por figuras do crime, alvos de suas reportagens.

Os eventos entrelaçam-se com a história de um navegador espanhol, que decide guiar sua nau até os confins do oceano e acabar com a própria vida; entretanto, um evento faz com que ele mude de idéia.

"TWoM" é um daqueles álbuns que merece que o ouvinte volte todas suas atenções para suas palavras, e para suas melodias. É música de primeira.

14 de ago. de 2008

Futebol, ao vivo, di gráááátis

Pois é, essa é quente. Pra mim, a descoberta do site Roja Directa é um marco da história da internet. Eu já havia buscado esse tipo de serviço, porém só caia em fria.



Ontem, um camarada meu me recomendou o site, e até nem levei muita fé. Entretanto, devido ao gre-nal da Copa Sul-Americana (btw, parabéns ao banguzinho do Grêmio), decidi fazer o teste, e me surpreendi. Antes do jogo começar, assisti a uma partida entre Arsenal (não o inglês) e Boca, e para minha surpresa, a transmissão do Roja (que não é bem do roja), mostrou-se até mesmo mais real-time do que o "minuto-a-minuto" do jornal "Olé", o que confirmei quando o Boca fez o terceiro gol (placar amargo).

Já o gre-nal apresentou um delay de aproximadamente 1 minuto, nada comprometedor.

E pros pau-no-cu que já conheciam o site, porra, por que vocês nunca me disseram antes??

Só pra finalizar, o Roja na real "rouba" o link do site justin.tv. Entretanto, achei a interface do Roja muito mais amigável.

12 de ago. de 2008

As Aventuras de Sharpe

Bernard Cornwell é um de meu escritores favoritos. É um grande escritor de ficção histórica, e para ser sincero, o único cuja obra posso me considerar um conhecedor. Desde o primeiro contato que tive com seu trabalho, ao ler a (regada a hidromel) trilogia "As Crônicas de Artur", me tornei um grande admirador. De fato, é incrível o conhecimento do homem. Só imagino quanta pesquisa antecede à escrita de suas obras. É incrível. Ele relata em detalhes o cotidiano de determinado exército de uma maneira muito clara e atraente. Diz como eram as formações de batalha, as armas que eram usadas, as roupas que eram vestidas, as doenças e males que afligiam os exércitos... até mesmo onde os soldados cagavam! E sempre com um toque meio sinistro, mostrando realmente como era a sujeira e a corrupção da coisa. Mas Bernard Cornwell também se destaca, além de historiador, como romancista. A riqueza dos personagens que ele cria, a capacidade de descrever o meio que os cerca, seus medos e suas ambições, tudo contribui para que seus livros sejam obras memoráveis e grandes expoentes da ficção histórica.

Outra coisa com a qual simpatizo muito nos livros, é o modo como a igreja e a cristandade em geral é retratada: com asco, chafurdando na podridão que a condiz; essa agora falida instituição. Vez por outra aparece um cristão bonzinho, evitando-se a ignorância da generalização, mas, condizendo com a realidade, diversos são os vilões que se escondem atrás do nome de Jesus Cristo .


Acabo de ler "A Presa de Sharpe". Grande livro. Grande saga na verdade. Foi essa a criação (As Aventuras de Sharpe) que trouxe grande reconhecimento ao autor, e não é atoa. "A Presa de Sharpe" é o quinto volume da saga, que, infelizmente, não foi lançada integralmente no Brasil. Pelo menos não até agora, o que nos obriga a recorrer aos importados. São mais de 20 livros, e há também um seriado de TV, estrelando o "Boromir" do filme "O Senhor dos Anéis"(eca) como Sharpe.

A presa de Sharpe trata de uma covarde campanha inglesa, que tem como finalidade a captura da frota marítima da Dinamarca, em Copenhage (1807). Também pode ser vista como uma gloriosa campanha inglesa em reação à atitudes francesas, onde mulheres e crianças foram trucidadas.

Richard Sharpe é, literalmente, um filho-da-puta. Nascido em Londres, ao redor de 1777, com uma mãe meretriz, e pai desconhecido, Sharpe acaba sendo criado em um orfanato. Açoitado freqüentemente, mal-tratado, obrigado a cumprir tarefas desumanas, Sharpe em determiado ponto é vendido a terceiros, com a intenção de que se torne um limpador de chaminés. Ora, crianças pequenas e mal-alimentadas mostram-se perfeitas para o ofício, pois podem alcançar até mesmo os menores espaços, afim de que o serviço seja bem feito. Verdade que tendem a sofrer uma morte prematura. Respirar toda aquela fuligem não há de fazer bem aos pulmões em desenvolvimento, mas são ossos do ofício. Surgindo a oportunidade Sharpe escapa, e vai viver por si só no sub-mundo londrino. Com o tempo se desenvolve, e acaba descobrindo sua vocação: matar.

Pensando em tirar proveito de seus talentos, e tentado pela perspectiva de fartura, Sharpe alista-se no exército inglês, e torna-se um "casaca-vermelha" (tal qual o Eddie de "The Trooper" xD).

E aí que começa sua estória (ou história?). Sharpe embarca para a Índia, servindo o exercito inglês, que simplesmente reivindicou o país para si mesmo. E de fato, são muito filhos-das-putas esses ingleses. É um povo ganancioso, errado e desrespeitoso. Óbviamente, se não fossem eles, seriam os franceses, naquela época, assim como hoje em dia os americanos o fazem. Entretanto, é difícil não sentir uma simpatia por Sharpe, que ao decorrer de sua jornada mostra que possui sim uma consciência, e tal vez seja, dos ruins o "menos pior".

O primeiro volume narra a batalha de Seringapatan (1799), e se chama "O Tigre de Sharpe". Através da matança, Sharpe encontra seu caminho. Sobe na vida, para depois descer, e viver na gangorra como um soldado inglês. É deveras interessante o trabalho de Bernard Cornwell, ao conciliar a história com a ficção. E certamente ele faz um excelente trabalho. Interessante também é que, ao final de cada volume, encontra-se uma nota histórica, detalhando o que de fato aconteceu, o que foi distorcido, e o que foi totalmente inventado pelo autor. Como ele mesmo afirma "grandes heróis exigem grandes feitos".

Por isso, meus já não tão poucos leitores (porque eu sempre incomodo todo mundo pra vir visitar o blog xD), recomendo a vocês "As Aventuras de Sharpe", como os excelentes livros que são. Paro por aqui, porque quero evitar os spoilers.

O povo brasileiro lê, de acordo com o Ministério da Cultura, a risível média de 1,8 livro ao ano. Um claro reflexo do subdesenvolvimento do país, e, afirmo com convicção, vice-versa! A reversão desse quadro é um importante passo para que andemos em busca do conhecimento, destoando da ignorância que assola o nosso país, e que permite que uma corja de salafrários usufruam dos benefícios que um governo imoral lhes pode trazer. E, por que não, "O Tigre de Sharpe" pode ser um bom meio de se começar.

11 de ago. de 2008

Vamo Tricolor!



Post homenagem ao Grêmio, líder isolado ao fim do primeiro turno do campeonato brasileiro de 2008, com uma campanha histórica e com o maior aproveitamento já visto ao fim do primeiro turno do campeonato, desde o advento do sistema de pontos corridos.

10 de ago. de 2008

Inochi

Eu gostaria de evitar ao máximo que esse blog meramente reproduzisse posts de blogs alheios, mas percebo agora que devido a diversos fatores (como falta de tempo, disposição, e até mesmo criatividade), vou acabar caindo nessa prática vez por outra. Ou várias vezes, sei lá.
Mas enfim... visitando o Chongas, me deparei com um vídeo assombrosamente bizarro. Segue o dito-cujo:



Depois de alguma pesquisa, heis os fatos:

Inochi na língua japonesa significa algo tipo vida, espírito, e ao que parece, pode também significar natureza, uma vez que, ao menos filosoficamente, os japoneses tem uma relação muito forte com o meio que os cerca.

Existe um sítio, no ar desde 2004, que ao menos para mim, deu a entender que Inochi-kun vai ser algum seriadinho de TV...

E aí que tá o esquema... quantos milhares de seriadinhos do mesmo naipe existem? Os japinhas espiando as mina se trocar, se dando mal na escola, etc etc... agora, o cara coloca essa cabeça de pica no ser, e pronto. Tem aí uma coisa chocante, e eu aposto que quem assistir esse vídeo aqui não vai mais esquecer dele. Eu mesmo fiquei revendo diversas vezes, procurando algum sentido nisso... no fim das contas, acho que é só um garoto monstricéfalo vivendo sua vida.

O responsável por isso é um (perturbado) japz chamado Takashi Murakami. Eu nunca havia ouvido falar a respeito dele ou de seu trabalho, mas com uma rápida pesquisa pude ver que ele já fez bastante coisa legal.

Bem, no fim das costa o post não ficou tão vago^^ e por hoje acho que é isso...

*edit: esqueçam tudo. Inochi é um robô, e para criá-lo, Takashi inspirou-se no filme I.A. e em Kubrick (que seria o diretor do filme, mas faleceu durante o desenvolvimento do projeto).

9 de ago. de 2008

À boa música

Hoje registro minha recomendação ao excelente blog de um grande amigo meu. Falo da Baterioteca.
Lá encontra-se um variado conteúdo, sempre girando ao redor do universo da música. Da boa música. Programas para edição de áudio, mp3, técnica e teoria da música, enfim, informações em geral... vale uma visita rotineira.

E de quebra ainda posto esse interessantíssimo vídeo do Mike Portnoy, um dos meus bateras favoritos, falando sobre Métricas Irregulares. Pessoalmente, considero a teoria musical essencial para qualquer pessoa que queira ser um músico, efetivamente. O vídeo é divido em duas partes. Se gostar da primeira, vai atrás da segunda, seu vagal. Com legendas em espanhol.



5 de ago. de 2008

Português BR no GTA IV

Legal. Algum BR envolvido na criação do GTA 4 deve ser o responsável por essas dublagens muito engraçadas de um malaco xingando em português. Pra quem não sabe, GTA 4 é o produto que mais dinheiro arrecadou no primeiro dia de vendas, em toda a história da indústria do entretenimento. Não tenho certeza, mas acho que na primeira semana também. Segue o vídeo:



E seguindo o embalo... gostaria de alertá-los contra os perigos deste jogo. Aqueles que vivem a experiência do GTA 4 tendem a apresentar distúrbios psíquicos e a execução de assassinatos é o único caminho viável, a fim de que sua sede por sangue seja sanada.

Agora falando sério... vai se fuder esse governo da Tailândia, onde GTA 4 é retirado das prateleiras das lojas por causa de um esquizofrênico seqüelado, ao mesmo tempo em que o mesmo governo nada faz com relação aos pais que colocam seus filhos (crianças) no ringue para lutar Muay-Thai e serem explorados por apostadores. Ah, e esses são os bonzinhos... os malvados largam os filhos no ramo da pedofilia (sem link pra essa, pervertido).
Nada contra, mas vai tomar no cu tranquilo...